Dos 197 casos de cólera registados nas últimas horas, para além dos 92 reportados no Namibe, foram assinalados 45 no Cuanza Sul, 19 em Luanda, 15 na Huíla, seis no Cuanza Norte, seis na Lunda Norte, quatro no Icolo e Bengo, quatro no Zaire, três em Benguela, dois no Bengo e um em Malanje.

Desde o início da epidemia, a 7 de Janeiro, foi reportado um total cumulativo de 24.536 casos e de 718 óbitos.

Durante este ano, o continente africano já registou 127.409 casos de cólera e 2.597 mortes em 20 países, segundo a agência de saúde pública da União Africana, o que representa uma taxa de mortalidade de 2%.

Os países afectados são Angola, Burundi, Comores, República Democrática do Congo (RDC), Etiópia, Gana, Quénia, Malaui, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Ruanda, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Tanzânia, Togo, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.

No entanto, apenas quatro desses países - RDC, Angola, Sudão e Sudão do Sul - concentram 83% das infecções e 92% das mortes pela doença.

Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.

A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.

Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.

A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.

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