A 4 de Abril de 2002, as chefias militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) e das extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), então braço armado da UNITA, assinavam, no Luena (Moxico), o Acordo definitivo de Paz, depois de sucessivos tratados fracassados. Para atrás, ficaram décadas de guerra, traduzidas em milhares de mortos e feridos, centenas de mutilados e destruição de várias infra-estruturas, iniciando-se, assim, um longo processo de reconstrução e reconciliação nacional. A data passou, então, a ser designada "Dia da Paz e da Reconciliação Nacional", abrindo caminho para novas esperanças.
Em 22 anos de paz, um dos sectores que mais cresceram é o da habitação, mas não conseguiu acompanhar o aumento da população, com uma taxa anual de 3,1%. Surgiram bairros de luxo, condomínios e centralidades, algumas das quais cercadas de novos musseques, contraste lamentável na maior parte das cidades angolanas.
Em Luanda, a então designada "Cintura Verde" não resistiu à febre de novas construções. O espaço foi "engolido" por projectos habitacionais, muitos dos quais privados, com expropriação de terrenos e negociatas pelo meio.
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