A notícia foi confirmada ao NJOnline por Alexandra Simeão, presidente da associação Handeka e amiga do activista, que esclareceu que o fundador da ONG em prol da defesa dos direitos humanos e culturais estava internado desde quinta-feira.
"Angola perdeu um homem que se colocou inteiro na participação cidadã de defesa dos interesses dos que sofrem todos os dias", declarou.
José Patrocínio, reconhecido como uma das vozes mais activas no país, sobretudo em Benguela, é descendente de uma família portuguesa que imigrou para o litoral de Angola na época colonial e que se fixou na cidade portuária do Lobito.
Nascido em 1962, José Antonio Martins Patrocínio era engenheiro agrónomo, licenciado pela Faculdade de Engenharia do Huambo.
Criou o Centro de Informação e Documentação (CID) da OMUNGA, onde era dada formação de informática e de jornalismo aos jovens sem-abrigo.
Em 2010, lançou um documentário intitulado "Não partam a minha Casa", onde espelhava o drama dos inúmeros casos de demolições em Angola.
Foi um dos representantes da sociedade civil que integrou, este ano, uma comitiva que foi recebida pelo Presidente da República, João Lourenço.