Segundo a supervisora local do Programa de Nutrição, citada pela ANGOP, foram diagnosticadas este ano 5.596 crianças com desnutrição, contra os 4.526 casos assinalados em 2024.

Muitos dos casos estão associados a doenças como a malária, que continua a ser a doença que mais mata no País, mas também ao desmame precoce, principal causa das mortes por desnutrição.

Os municípios da Caála, Huambo e Londuimbali estão no topo da lista dos casos de desnutrição.

"Infelizmente, verificamos que muitas famílias, apesar de disporem de alimentos variados colhidos no próprio campo, como tubérculos, abóboras, soja, leguminosas, vegetais e a criação de galinhas poedeiras, não reconhecem o valor nutricional desses alimentos nem as diversas formas de confecção, que maximizam o aporte de nutrientes para as crianças", afirmou a supervisora local do Programa de Nutrição, reforçando que tem sido intensificadas acções de sensibilização nas comunidades, sobretudo as rurais, para reverter este quadro.

No Huambo, existem 13 unidades especializadas de nutrição, localizadas em 11 dos 17 municípios da província.

O Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (IIMS) 2023-2024, divulgado em Maio deste ano, revelou que em Angola 40% das crianças menores de 5 anos apresentam desnutrição crónica (muito baixa para a idade), 5% desnutrição aguda (muito magra para a altura), 21% baixo peso (muito magra para a idade) e 3% sobrepeso (têm excesso de peso para a altura).