O país vai registar, nos próximos três meses, o nascimento de pelo menos 315 mil crianças, uma média de mais de 100 mil por mês, numa altura em que, a cada mil bebés nascidos, mais de 50 morrem antes de completar cinco anos. Actualmente, a taxa de mortalidade materna ronda entre os 452 mortes por cada 100 mil partos.

De acordo com um estudo do PNUD, feito em parceria com o Banco Mundial, apresentado esta semana, sobre o Impacto Socioeconómico da Covid-19 em Angola, a que o Novo Jornal teve acesso, mais de 900 mil mulheres no país encontram-se grávidas.

No período em referência (Junho, Julho e Agosto), pelo menos 600 mil pessoas com 16 anos de idade (49,2 % do sexo masculino e 50,8% do feminino) vão começar a vida sexual. Segundo o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde (2015-2016), esta é a idade média para o início da vida sexual em Angola.

Em face à pandemia, o PNUD aconselha as autoridades sanitárias a liberalizarem os serviços básicos de saúde, aumentando a capacidade dos hospitais em termos de aprovisionamento dos produtos essenciais de saúde reprodutiva, como métodos contraceptivos modernos e medicamentos, de modo a não colocar em risco o progresso já alcançado nos últimos anos no sector.

Sugere, igualmente, que sejam realizadas acções, para manter os serviços sanitários vitais essenciais para a saúde sexual e reprodutiva.

A pesquisa reafirma, também, que a protecção dos trabalhadores de saúde precisa de ser assegurada com equipamentos de protecção pessoal contra a Covid-19. Cita, por exemplo, a necessidade de ser assegurada a higienização das mãos com água e sabão à entrada das unidades de saúde.

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