As apreensões foram feitas no final do mês passado depois da emissão de um mandado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), resultante de várias queixas de cidadãos supostamente burlados pela empresa Xtagiarious Finance.

Segundo o SIC, sobre o empresário Edson Caetano de Oliveira recaem acusações da prática dos crimes de usura e associação criminosa, consubstanciados no recebimento de centenas de milhões de kwanzas de diferentes pessoas com promessas de reembolso no período de seis meses. São, pelo menos, 18 processos-crime.

Em Janeiro último, vários cidadãos lesados apresentaram em grupo queixa ao SIC, em Viana, depois de a empresa Xtagiarious Finance não cumprir com o reembolso dos valores aos cidadãos, como tinham acordado as partes em Dezembro de 2021.

Segundo os clientes, na altura, o proprietário garantiu na ocasião que iria trabalhar com um mini-autocarro para pagar as dívidas, o que não aconteceu.

A empresa Xtagiarious Finance apresentava-se como uma instituição do ramo financeiro, mas foi dada como ilegal pelo Banco Nacional de Angola.

Em comunicado, o BNA fez saber em 2021 que a empresa não estava habilitada a exercer qualquer actividade financeira sujeita à sua supervisão, sobretudo na captação de depósitos e aplicações monetárias, actividades estas reservadas às instituições financeiras bancárias.

Diante da gravidade, de acordo com o SIC, o proprietário da empresa, Edson Caetano de Oliveira, foi constituído arguido por fortes indícios da prática dos crimes de usura e associação criminosa, pelo que diligências prosseguem para sua localização e detenção, no quadro da responsabilidade criminal.