O candidato único à presidência da Federação Angolana de Patinagem (FAP), cujo pleito ocorre este sábado, 21, afirmou, esta semana, ao Novo Jornal que está ciente dos problemas que irá encontrar na instituição, mas lembra que, sendo filho da modalidade, um dos focos do seu primeiro mandato será unir a "família" e fazer que a o desporto sobre-rodas tenha um produto vendível que atraia o público.

No périplo efectuado pelas províncias de Luanda, Benguela, Kwanza-Sul, Huambo, Malanje e Namibe, Dionísio Viegas diz estar triste com as condições de trabalho que encontrou, considerando que no interior "a patinagem é quase inexistente", porque há falta de quadros e de infra-estruturas.

"Nos últimos quatro anos, as coisas na patinagem estiveram estagnadas. Os indicadores são públicos, excepto o quinto lugar conquistado no Campeonato do Mundo. Luanda não pode continuar a ser o único grande palco. É preciso transferir para as outras paragens e ter um campeonato com apenas sete a oito equipas", desabafou Dionísio Viegas, em entrevista ao Novo Jornal.

Rigor, transparência, organização e inclusão são as principais linhas de campanha escolhidas por Dionísio Viegas, que criticou o elenco cessante, pelo facto de, em quatro anos de gestão, ter apresentado as contas da instituição apenas uma vez (no último ano de mandato), prometendo que cenário do género não será admitido durante o quadriénio 2020 - 2024.

"Não gosto muito de falar de coisas do passado, mas não se deve admitir na instituição gente que em quatro anos não consegue realizar uma assembleia-geral. A única vez que aconteceu foi graças à insistência e empurrão dos associados. A prestação de contas é um acto estatutário. Um gestor deve encarar isso como uma coisa básica. Depois de terem apresentado as ditas contas, tiveram o cartão amarelo da maioria", criticou o homem que aspira à presidência da FAP.

Dionísio declara ser um gestor de carreira, razão pela qual não tem dúvidas que a experiência adquirida ao longo dos anos seja exportada para a FAP. Se for confirmado na presidência, o ex-praticante alerta que, num período de quatro anos, a modalidade irá ser daquelas que vendem a sua própria marca através do jogo, justificando que um produto de qualidade sempre atrai patrocinadores.

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