"Estamos cansados de viver este calvário". É essa a condição reportada pelos ex-trabalhadores da falida estatal África Têxtil, que serve de mote para a convocada vigília da próxima segunda-feira, 14, defronte às instalações da empresa, na capital da província de Benguela, para exigir o cumprimento de um antigo diferendo: o pagamento de salários em atraso, indemnizações e reformas.
Já lá vão duas décadas desde que a ex-gigante nacional do ramo têxtil cruzou o caminho da falência, colocando para «rua» mais de quatro centenas de trabalhadores, 105 dos quais já falecidos. De lá para cá, foram vários os encontros entre colectivo de trabalhadores e representantes dos interesses do Estado, mormente o IGAPE (antigo ISEP), mas nada que tenha resultado, em termos substanciais, em alento para as aspirações dos antigos funcionários da África Têxtil.
O último encontro, feito por videoconferência, data de 30 de Novembro último, ocasião durante a qual os ex-trabalhadores deram um ultimato aos responsáveis do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado, caso estes quisessem evitar um acto público de contestação contra a morosidade na resolução do passivo avaliado em cerca de 1 bilião Kz, segundo dados do colectivo de ex-trabalhadores da empresa.
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