Segundo o chefe de divisão do Departamento do Controlo Cambial do BNA, Alves Ferreira, as novas regras estão "em fase de reapreciação".

Em declarações à Rádio Nacional, o responsável explicou que a futura regulamentação pretente "tornar cada vez menos burocrática" a transferência de lucros e dividendos dos investidores estrangeiros presentes em Angola.

Alves Ferreira lembrou que a medida, que passará pela exigência de cada vez menos autorizações, visa melhorar o ambiente de negócios no país.

O objectivo tem sido uma das "bandeiras" da governação de João Lourenço, já traduzida na aprovação de uma nova Lei do Investimento Privado, bem como na inédita Lei da Concorrência.

O Executivo anunciou igualmente a introdução do visto do investidor, mais um instrumento ao serviço da captação de investidores estrangeiros.

Os esforços do Governo reforçam-se agora com a anunciada intervenção do BNA, à medida dos mais críticos, como a empresária Isabel dos Santos.

"Qual o investidor que vai entrar se não dão autorização aos actuais investidores estrangeiros para levarem os lucros em dólares?", perguntava a gestora, no início de Junho, questionando a capacidade de resposta do país aos reiterados apelos dirigidos aos investidores estrangeiros para apostarem em Angola.

"Angola é um país estável, acolhedor e com necessidade de investimento em praticamente todos os sectores da economia. Visitem Angola e venham conhecer o novo destino do investimento em África. Garantimos que ficarão encantados e atraídos com as oportunidades que vão encontrar", desafiou João Lourenço, aquando das visitas à França e Bélgica, efectuadas em Junho.