Em entrevista publicada na edição n.º 426 do Novo Jornal, Arnaldo Calado explica que "a Câmara resulta de várias associações de chineses no país, que nesta altura rondam mais de 200 mil, sentindo-se muitos deles inseguros devido a alguns oportunistas que abusavam deles".

Sublinhando que "o mais importante no negócio é a confiança", o presidente da CCAC reconhece a necessidade de se ultrapassar o "pé atrás" dos parceiros chineses. "Uma das coisas que vai caracterizar a Câmara é a palavra. Não podemos estar a criar falsas expectativas. Temos de ser justos", sublinha o dirigente.

Com um núcleo inicial de mais de 200 empresas angolanas e mais de 100 chinesas, a CCAC "vai funcionar como uma plataforma para os empresários angolanos e chineses", aponta Calado, apelando à capacidade de adaptação dos empresários aos apertos da nova conjuntura.

"Tenho dito aos empresários que é preciso encontrar parcerias certas. Ao invés de pensar só no dinheiro como tal, pense-se sobretudo no que se quer fazer".

Em termos de domínios de intervenção, a câmara vai estar assente em 10 áreas representadas por gabinetes.

"Temos sete estratégicas constituídas pelos gabinetes da alimentação, agro-indústria e pescas; construção, habitação e infra-estrutura; transportes e logística; banca, seguros e mercado de capitais; turismo, habitação e cultura; saúde e educação; água, energia e recursos minerais; inovação, tecnologia de informação e comunicação; e comércio, indústria e serviços", elenca o presidente, enumerando ainda "três áreas operacionais". Nomeadamente: "Estratégia e cooperação internacional; Marketing, comunicação e eventos; e protecção e asseguramento".

De acordo com Arnaldo Calado, nesta fase "as equipas estão a trabalhar nos seus programas".