O relatório foi elaborado por uma comissão, criada pelo Presidente da República, em Dezembro.

A comissão é liderada pelo ministro do Estado de Desenvolvimento Económico e Social e foi criada para identificar os investimentos privados feitos com fundos públicos.

O grupo de trabalho teria de determinar as participações do Estado em função dos montantes envolvidos, identificar soluções e apresentar medidas a ser adoptadas pelo Estado num prazo de 60 dias.

Integram esta comissão os ministros das Finanças, do Interior, da Justiça e dos Direitos Humanos, da Economia e do Planeamento, bem como o titular da pasta dos Recursos Naturais e Petróleos.

Fazem ainda parte o inspector-geral da Administração do Estado, um representante da Procuradoria do Estado, um representante da Procuradoria-Geral, o chefe do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado, o director-geral dos Serviços de Inteligência Externa, o director do Serviço de Investigação Criminal e o presidente do conselho de administração da Sonangol.

Sem adiantar quais os investimentos privados realizados com dinheiro do Estado, a Angop escreve, a partir do comunicado de imprensa que durante a sessão extraordinária do Conselho de Ministros foram ainda aprovados vários diplomas legais relativos à Administração do Território e Reforma do Estado.

O regulamento da Lei de Bases sobre a Administração do Território, que estabelece as regras sobre a organização administrativa do território, a classificação e critérios de progressão dos municípios, bem como a estruturação interna das circunscrições territoriais infra-municipais, fazem parte da lista dos principais documentos aprovados.

Receberam também o aval dos membros do Conselho de Ministros os regulamentos da Lei da Administração Local do Estado, que regula os princípios e as normas de organização e de funcionamento dos Órgãos da Administração Local do Estado na actual conjuntura política, económica e social, da Lei Orgânica sobre a Organização e o Funcionamento e regras das Comissões de Moradores, escreve a Angop.

Tiveram também aval dos membros deste órgão a relação entre Órgãos da Administração Local do Estado, a estratégia de revitalização das actuais Comissões de Moradores, bem como o regulamento, normas e procedimentos da toponímia, a nível nacional e loca.

Os procedimentos e normas para atribuição ou supressão do número de polícia, em todas as circunscrições e unidades territoriais do país, também teve o aval dos membros deste órgão.

O modelo de classificação dos municípios, documento que permitirá a adopção de mecanismos de gestão, controlo e monitorização naquelas localidades, face a expectativa de desenvolvimento económico e social, bem como a existência ou perspectiva de implementação de projectos, localização geográfica e importância estratégica de cada circunscrição foi também aprovado no encontro.

Foi ainda aprovado o Plano Estratégico de Implementação do Balcão Único de Atendimento ao Público, instrumento que apresenta as principais linhas de força para a modernização e integração da prestação dos serviços administrativos dos Órgãos da Administração Local, com potencial para, faseadamente, serem integrados outros serviços da Administração Central, a serem prestados nas Administrações Municipais, Comunais e Distritos Urbanos.

O Conselho de Ministros aprovou a atribuição da Concessão do Bloco 34 à Concessionária Nacional, e prorrogou a data do primeiro levantamento de petróleo bruto na área de desenvolvimento do Campo Cameia do Bloco 21/09, até ao dia 1 de Dezembro de 2024.

Ainda no domínio dos petróleos, o Conselho de Ministros aprovou a alteração da área da concessão do Bloco 15/14-Lira e da área da concessão do Bloco 15/06, a fim de proceder a integração completa do campo de petróleo Kalimba e agregar valor aos vários projectos de produção petrolífera já existentes.

Em relação à saúde dos consumidores e potenciar o país na produção de alimentos seguros e saudáveis, o Conselho de Ministros criou o Serviço Nacional de Controlo de Qualidade dos Alimentos e aprovou o respectivo Estatuto Orgânico.

No âmbito da Política Externa, o órgão de consulta do Presidente da República apreciou, para envio à Assembleia Nacional, várias propostas de adesão da República de Angola aos Tratados Internacionais.

As Convenções contra a Tortura ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes, Eliminação de Todas as Formas de Descriminação Racial e a Redução dos Casos de Apátridas, constam dos principais tratados internacionais aprovados nesta reunião.

A Angop destaca também a aprovação do Protocolo II Adicional às Convenções de Genebra de 12 de Agosto de 1949, relativos à Protecção das Vítimas dos Conflitos Armados não Internacionais, bem como os instrumentos jurídicos celebrados entre o Governo da República de Angola e o Governo da Hungria, os acordos de Cooperação Económica e Técnica, sobre Isenção de Vistos Recíprocos para Titulares de Passaportes Diplomáticos e de Serviço, o Programa de Intercâmbio Educacional e Memorando de Entendimento, no domínio Académico e científico, respeitantes ao quadro da cooperação bilateral.