Este é o 3º ano consecutivo que esta parte do continente africano soma recordes na aplicação de reformas que visam criar um melhor ambiente de negócios para as pequenas e médias empresas, atingindo 107 alterações consideradas essenciais para fortalecer o "Doing Business" subsariano, onde Angola surge claramente prejudicada no desempenho global pelo mau acesso ao crédito e pela dificuldade de resolver questões judiciais ligadas a negócios.

No 20º lugar da lista global das economias analisadas, as Maurícias são o país africano melhor posicionado, mas, segundo este documento do Banco Mundial, este ano ocorreram melhorias importantes em 40 das 48 economias subsaarianas listadas.

Alguns países importantes para Angola, surgem bem melhor classificados, como a Namíbia em 107ª ou a África do Sul, em 82º. O Botsuana, por exemplo, ocupa a 86ª posição neste importante ranking elaborado pelo Banco Mundial, que está em cima da mesa de trabalho de todos os grandes investidores mundiais quando decidem onde colocar o seu capital.

Angola, nesta lista composta por 190 economias, surge em 175º em 2018, tendo melhorado em relação a 2017, quando ocupava a 182ª posição.

Para 2019, Angola avança em 173º, melhorando ainda mais em relação ao corrente ano, com, entre os tópicos tidos em conta para a elaboração do ranking, melhor performance na lide com permissões para construir, em 84º, sendo o pior desempenho, em 186º, a questão da resolução de problemas judiciais em primeira instância, seguido de muito perto pela atribuição de crédito, em 184º numa lista com 190 economias analisadas.

No universo lusófono, Angola só está melhor que a Guiné-Bissau (175º) e Timor Leste (178º), sendo o melhor desempenho no Doing Business ocupado por Portugal, em 34º, seguido pelo Brasil, em 109º. Entre os PALOP, é Cabo Verde que lidera, em 131º.

De acordo com este relatório do Banco Mundial, o topo da lista é ocupado, respectivamente, pela Nova Zelândia, Singapura e Dinamarca, mantendo as posições do ano passado.