Na cerimónia de lançamento, Francisco Queiroz disse tratar-se de uma obra que se enquadra no Programa Nacional de Desenvolvimento 2013/2017, e que a inclusão do PLANAGEO neste programa resulta de uma estratégia do titular do poder executivo de José Eduardo dos Santos, sobre o desenvolvimento do sector mineiro angolano.

Referiu que constituem objectivos deste plano, a diversificação da exploração mineira, o aumento das receitas fiscais e patrimoniais do Estado provenientes do sector mineiro e o aumento considerável de postos de trabalho, com vista a combater a pobreza e a melhorar as condições de vida da população.

O ministro informou ainda que os principais instrumentos para a concretização desta estratégia são o quadro regulador da actividade geológica e mineira e o conhecimento do potencial mineiro do país.

"É neste contexto que se insere o Plano Nacional de Geologia, um programa de levantamento geológico, geoquímico e mineralógico de todo o país", sublinhou o governante.

Para o êxito do referido programa, considerou o ministro, torna-se necessário garantir as condições técnicas para o tratamento de toda a informação geológica, geoquímica e mineralógica que este projecto gerar.

Com efeito, disse, não será possível garantir o êxito do PLANAGEO se não se criar previamente as condições para fazer as análises geoquímicas das amostras geológicas que os operadores contratados vão recolher em todo o território nacional.

Francisco Queiroz explicou que, com base na estratégia negocial do PLANAGEO, o território nacional foi dividido em três partes e a cada uma destas (partes) foi adjudicada às três empresas que venceram o concurso internacional, nomeadamente a "Impulso", a "Citic" e a "Costa Negócios".

"Espera-se que os geólogos recolham milhões de amostras em todo subsolo angolano", disse o ministro na ocasião.

O governante salientou que o Executivo Angolano está a investir um valor de 6,2 mil milhões de kwanzas na construção destas infra-estruturas, que deverão estar concluídas num prazo de 18 meses.

Durante este período serão construídos três laboratórios - um central localizado em Luanda (centralidade do Kilamba), um Regional Este em Saurimo e um Regional Sul na cidade do Lubango. Cada um destes laboratórios terá uma importante base no desenvolvimento técnico e cientifico de Angola, segundo o ministro.

"Com o funcionamento destes três laboratórios, o Executivo terá uma informação estratégica que lhe permitirá programar o desenvolvimento mineiro para os próximos cem anos, numa base segura e sustentável", sublinhou o titular do sector.

Francisco Queiroz afirmou que se trata de um grande desafio em que estarão a prova as empresas contratadas, a capacidade de gestão do Instituto Geológico de Angola e o poder de coordenação do órgão de tutela de todo o processo.

Por sua vez, o director geral do IGEO (Instituto Geológico), Mankenda Ambroise referiu que a abrangência, a qualidade e o nível de detalhes das informações geológicas de um país como Angola constituem um grande desafio e representam condicionantes vitais para o desenvolvimento sustentável, principalmente na indústria mineira.

Já o vice-director da zona África da Citic, Liu Gui Gen sublinhou, no acto, que com a construção das infra-estruturas do PLANAGEO a sua empresa vai contribuir para o desenvolvimento económico e social de Angola.

Angop / Novo Jornal