João Lourenço sublinhou, na abertura da "Conferência e Exposição Internacional sobre o Sector Mineiro Angolano", que o garimpo ilegal é factor negativo no ambiente e na economia de Angola, enfatizando a importância de acabar com este problema tal como nos países vizinhos.

O Chefe de Estado lembrou que na Namíbia, Botsuana ou na África do Sul, o garimpo ilegal de diamantes está há muito banido.

Para consolidar esta decisão, João Lourenço anunciou a aplicação de um programa específico de combate ao garimpo ilegal que passa, entre ouras valias, pela legalização e reorganização das cooperativas de diamantes com a sua transformação em empresas semi-industriais.

Este passo segue-se ao ataque feito nos últimos dois anos ao garimpo ilegal através de várias operações de dimensão nacional, que levou à expulsou de centenas de milhares de garimpeiros ilegais, na sua grande maioria oriundos da República Democrática do Congo.

E surge um momento importante desta indústria mineira que, como notou ainda nesta conferência João Lourenço, a arrecadação de receitas a partir do sector diamantífero tem melhorado substancialmente.

Para isso, disse ainda nesta conferência internacional organizada pelo Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e por uma empresa britânica, ter sido decisiva a criação de nova legislação e uma nova política de comercialização de diamantes, que, entre outras alterações, acabou com os denominados clientes privilegiados e com a obrigação das empresas venderem o seu produtos integralmente à SODIAM.

No rasto destas alterações estruturais, Lourenço lembrou ainda que estão a surgir novas unidades de lapidação de diamantes e criadoras de peças de joalharia, destacando a criação do já anunciado Polo de Desenvolvimento Diamantífero em Saurimo (Lunda Sul), que tem como objectivo ali reunir, em dezenas de hectares, empresas nacionais e estrangeiras, sujeitas a um conjunto de exigências ambientais e sociais.