Se a escolha em eleições primárias dos Democratas recair, como se espera, em Joe Biden, antigo vice-Presidente de Barack Obama, a vitória sobre Trump poderá chegar aos 13%, segundo uma sondagem da Universidade Quinnipiac, publicada esta semana.

Mas se Bernie Sanders, o veterano senador do Vermont, conseguir, finalmente, ir a votos para ocupar a Casa Branca, a derrota de Donald Trump está igualmente garantida. E também com margem folgada.

E se for outro qualquer o escolhido - na calha estão nomes como os das senadoras da Califórnia, Kamala Harris, e do Massachusetts, Elizabeth Warren, do mayor de South Bend, Pete Buttigieg, e do senador de New Jersey Cory Booker -, o desfecho não será diferente, mesmo que as margens sejam menos salientes, embora nuna inferiores a 5%.

A universidade de Quinnipiac passou de um pequeno colégio de Hamden, no, Connecticut, para uma universidade de primeiro plano nacional nos EUA, graças à sucessão de sucessos conseguidos a antecipar vencedores a partir do método de John Lahey, que ali chegou em 1987 com a "missão" de fazer de um pequeno colégio uma das mais prestigiadas universidades dos EUA.

A tudo isto, que diz Donald Trump? "São sondagens falsas", atira o actual inquilino da Casa Branca no Twitter, a rede social que escolheu para disparar a torto e a direito contra os adversários.

"E vamos conseguir ganhar de novo contra as sondagens falsas", garantiu Donald Trump, minimizando o estudo de opinião da Universidade de Quinnipiac, que se tornou conhecida em todos os estados dos Estados Unidos da América devido à qualidade das suas sondagens.

Mas, como se esta sondagem da Quinnipiac não fosse já uma dor de cabeça para a equipa que prepara a campanha de Trump, o The New York Times acaba de revelar uma sondagem mandada realizar pelos assessores do actual Presidente, onde este perde para Joe Biden em circunscrições decisivas para o resultado final, e em estados fulcrais na escolha final dos eleitores.

Não se soube se Donald Trump, quando se refere às sondagens "fake", está ou não a englobar também aquela que foi realizada pela sua equipa, mas se estiver, o próprio já tem resposta. Esta: "As sondagens falsas nunca foram tão falsas como hoje, mas agora, graças a Deus, podemos ripostar nas redes sociais".

"A sua nova arma são as sondagens falsas, por vezes referidas como sondagens de supressão porque suprimem números. Já existiam em 2016, mas agora estão piores", disse ainda Trump num tweet, afirmando noutro que a fuga de informação" da sua equipa é a continuação da "caça às bruxas" de "media corruptos" e que, mesmo sendo "falsas notícias", são os "melhores números até hoje".

"Vamos ganhar outra vez!", repete uma e outra vez Donald Trump.

Face a isto, se a sondagem da Universidade de Quinnipiac for tão certeira e credível como as que lhe granjearam fama nacional, os Democratas só têm de se preocupar em garantir que vão ter um candidato porque a vitória parece garantida.

Mas, como o próprio recorda, também em 2016 as sondagens não lhe eram especialmente favoráveis...