No dia 1 de Março não havia nenhum caso confirmado da doença pelo 13.º dia consecutivo.

"Estamos esperançosos, mas cautelosamente otimistas que, em breve, poderemos declarar o fim da epidemia", declara a Organização Mundial de Saúde da região africana.

No entanto, a OMS África vai continuar em modo de resposta total durante o período de observação.

De acordo com David Gressly, coordenador das Nações Unidas para a resposta ao Ébola, não há casos confirmados de infecções nas últimas duas semanas e nos últimos 21 dias apenas se registaram dois.

Desde que foi declarada a epidemia, em Agosto de 2018, e até 1 de Março, foram registados 3.444 casos de infecção pelo vírus do Ébola, 3.310 confirmados em laboratório. A doença causou 2.264 mortes (2.130 confirmadas e 134 prováveis) e 1.168 pessoas que se curaram. Existem actualmente 350 casos suspeitos em investigação.

De mães para filhos, de maridos para mulheres, o ébola transmite-se até de um cadáver para um dos parentes que estejam em luto.

"A doença transforma os aspectos mais mundanos da vida quotidiana de cabeça para baixo, prejudicando as empresas locais, impedindo as crianças de frequentar a escola e dificultando os serviços de saúde vitais e rotineiros", informa a OMS que considera que "a doença é implacável e devastadora".

Através de febres e hemorragias graves, o vírus do Ébola torna-se numa das doenças mais mortíferas do mundo.

A vacinação previne a contracção deste vírus em 99 por cento dos casos, mas só as pessoas que estiveram em contacto direto com o vírus podem ser vacinadas.