Esta ameaça de Donald Trump, se vier a ser concretizada, é a primeira vez que ocorre num país com uma democracia consolidada, porque noutras realidades políticas, com regimes ditatoriais ou democracias suspeitas, isso tem sido prática usual, como é o caso da China, das Filipinas ou, em África, em países como a República Democrática do Congo (RDC) ou mesmo no Egipto, entre outros.
Todavia, tal como negou por diversas vezes declarações que tinha acabado de proferir, ou recusando consequências evidentes destas, como foi o caso recente da ingestão de produtos de limpeza para combater a COvid-19, o Presidente norte-americano pode também, agora, dizer que não disse nada disso.
Apesar de ter sido logo, menos de 24 horas, após os avisos do Twitter, quando admitiu fechar ou regular fortemente as redes sociais, todas, não apenas o Twitter, Trump não se referiu ao aviso que recebeu quando falou em fechar estas plataformas digitais.
Optou antes por se referir genericamente ao enviesamento permitido nas redes sociais e usado para fins políticos pelos Democratas para acusar as plataformas digitais deste tipo de "silenciar as vozes dos Republicanos" favorecendo a oposição Democrata.
"Os Republicanos sentem que as redes sociais silenciam totalmente as vozes conservadoras, mas nós, antes de permitir que isso se consolide, vamos criar forte regulação para o sector ou mesmo fechá-las", disse Trump no... Twitter.
Na resposta, o Twitter, sem detalhes, veio a público, segundo a Reuters, dizer que estes avisos são resultados das suas políticas mais recentes para garantir controlo sobre as informações veiculadas a propósito da pandemia da Covid-19 no interesse público.