Não me refiro apenas àqueles que vivem em grande instabilidade e insegurança como a República Centro-Africana, o Sudão do Sul ou o Mali, que sofreram recentemente golpes de estado.
Todos estes países, antes da pandemia, apresentavam dos maiores índices de pobreza à escala planetária.
Sucede que uma parte significativa dos países da África Subsariana tem dívidas muito elevadas e dificilmente amortizáveis.
Acresce que a população é percentualmente muito jovem, em idade escolar, sendo desejável que não exerça actividades produtivas, comportando-se como meros consumidores.
A par disso, os investimentos que foram necessários efectuar para combater a pandemia fizeram crescer a despesa pública, assistindo-se a um forte decréscimo da actividade económica em todos os sectores, do primário ao terciário.
No que Angola respeita a avaliar pelos actuais indicadores do estado da economia, e tendo presente as consequências da pandemia, não será nada fácil fazer superar a situação após a Covid-19 e relançar a economia, caso não se fixem, com rigor, as prioridades e os planos que lhe seguirão.
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* (Secretário-geral da UCCLA)