Tchikuteny - O Patriarca
Tchikuteny e o seu clã viviam no passado. A lógica reprodutiva era a do poder pelo número de braços. Que mais terra poderiam cultivar. Que mais gado poderiam apascentar. Num pedaço de mundo em que a terra terá que ser ainda propriedade de todos os que a cultivam. Sem os conflitos criados pelos caminhos para o gado transumante. Num microcosmo em que as leis eram as que ele ditava. E todos respeitavam. A ordem estabelecida pelo culto ao patriarca. E uma regra: todos unidos, e com direitos iguais!
Os partos eram supervisionados pela esposa mais velha. De nome Eva. A primeva. Não dependiam do serviço nacional de saúde. Havia harmonia no harém. Eva geria o sector feminino. E Eva é certamente uma óptima negociadora. E com dotes superlativos de organização. Imagino a escala de serviço. Complexa. Com níveis de exigência diferenciados. Provavelmente tendo em conta a idade, e as competências de cada uma das esposas. Gerindo a tensão que inevitavelmente surge num ambiente dado a preferências. Procurando fazer que ninguém se sentisse excluída. Eva só pode ser uma excelente gestora.
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