As restrições eram constantes e havia lugares onde a energia só era fornecida por algumas horas por dia, normalmente no período nocturno. Noutros locais, a iluminação era fornecida pelos famosos candeeiros Petromax. Aos poucos, com o passar do tempo, o roncar dos geradores foi substituindo o piar dos passarinhos, as conversas de quintal, os sussurros de casais apaixonados e um sem número de coisas correntes que aconteciam no lusco-fusco diário.

Devidos aos problemas de energia eléctrica, existiam geleiras que funcionavam a petróleo. Uma raridade nos tempos actuais em que os frigoríficos são tão inteligentes que encomendam produtos directamente da loja quando o stock de iogurtes está em baixo. Naturalmente que não funcionavam 24 horas, pois o protocolo de abastecer o depósito e acender o pavio não era tarefa fácil. Amiúde os produtos congelavam e descongelavam.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)