Certamente que alguns dos nossos concidadãos dirão que, apesar das importantes mudanças, que se observaram desde a investidura do novo Presidente da República, ainda não viram razões para crer que o país caminhe em direcção a tudo aquilo que se prometeu nas Eleições Gerais de 2017, em termos de progresso e prosperidade, ou seja, um país não é apenas melhor do ponto de vista político como agora se observa, mas também e sobretudo económico e social.

Apesar do propalado espírito que encara o futuro sempre com esperança, a nossa experiência, enquanto nação independente, ensinou-nos, na visão de muitos dos nossos concidadãos, a pensar que o mais provável é que 2020 nos trará novos e inimagináveis desafios, de conflitos internos provocados por elites, que sentem terem perdido parte do seu status-quo, lutas políticas para manutenção do poder e seus privilégios, espírito consumista de uma juventude cada vez mais alienada e menos preparada do ponto de vista académico e profissional para o mercado de trabalho, tensões sociais, resultantes da incapacidade do Executivo para lidar com a grave situação de precaridade que enfrentam as famílias, desastres meio-ambientais e outros males.

Por outras palavras, o grande desafio para o Executivo, em 2020, passará também por lidar de maneira adequada com possíveis tensões sociais devido ao problema do agravamento considerável da situação económica e social, aliado a mais direitos políticos e cívicos, menos medo, maior abertura da comunicação social, instituições fragilizadas e desprestigiadas, o que poderá contribuir para um clima de tensões sociais mais ou menos graves.

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