"As eleições são o momento alto do exercício da soberania, por isso, devem ser livres, justas, pacíficas, democráticas, transparentes e credíveis", disse esta terça-feira, em conferência de imprensa, a vice-presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Navita Ngolo.

Segundo a deputada os angolanos querem ver uma festa nas eleições, e, por isso, exigem dos seus representantes na Assembleia Nacional a aprovação de leis democráticas e de consenso.

Para a UNITA, o país merece leis que melhorem o ambiente político e garantam confiança, transparência, lisura e democraticidade do processo eleitoral.

"Afinal, qual é o medo de ouvir vozes contraditórias sobre matérias estruturantes do nosso País?, questionou.

"Na verdade, temem que nós digamos ao povo que suprimir as actas-síntese do processo de contagem e de verificação dos votos não garante a verdade eleitoral, não publicar os cadernos eleitorais dos eleitores com antecedência para garantir a participação de todos e suprimir os falecidos e outros expedientes não garante igualdade, lisura, universalidade e transparência eleitoral", afirmou.

O Grupo Parlamentar da UNITA "reconhece, apoia, enaltece e encoraja o papel que a sociedade civil vem desempenhando no debate público em defesa de eleições livres, justas e transparentes", disse a deputada.

"Na mesma senda, convidamos todos os partidos políticos na oposição, mas todos mesmo, a juntarem-se a esta nobre causa em nome do povo angolano", referiu a deputada.

"Aqueles que não se posicionarem de forma clara na defesa da verdade eleitoral hoje e agora transmitirão uma mensagem clara sobre os desígnios do seu surgimento na arena política. De certeza que serão julgados pelo povo e pela história", acrescentou.

A deputada da UNITA defende a despartidarização dos órgãos públicos de comunicação social, a revisão da legislação que regula o sector, em consonância com os padrões internacionais.

A UNITA pediu igualmente a "todos os angolanos" que "ergam a voz em defesa de um país onde o direito à informação seja respeitado, onde o jornalismo seja valorizado e onde a verdade possa circular livremente".