"Neste momento estamos arrumar a CASA-CE com a tomada de posse dos órgãos centrais e províncias. Terminada esta tarefa, vamos imediatamente dar início ao processo de formação dos nossos quadros que vão candidatar-se a futuros autarcas" disse ao NJOnline o membro do colégio presidencial, Manuel Fernandes, afirmando que, apesar da crise, "a máquina está a ser afinada para os futuros desafios".

Na opinião de Manuel Fernandes, a actual conjuntura política estabelece marcos-chave, nomeadamente as eleições autárquicas de 2020 e as eleições gerais de 2022.

"As autarquias locais constituem um avanço qualitativo na política nacional e visam criar novas fileiras de promoção política e da qualidade da vida dos cidadãos", disse.

Interrogado sobre o abandono de vários membros influentes da coligação, Manuel Fernandes respondeu que "as pessoas são livres de tomarem as suas decisões, porque em democracia as coisas funcionam assim".

"A CASA-CE vive um momento de crise interna, mas apelamos a todos os membros e militantes da coligação à unidade na diversidade para que haja de facto um contexto e ambiente de abertura e de debate interno democrático", referiu.

Nos últimos dias, a CASA-CE registou a saída de vários dirigentes influentes, os chamados independentes, com destaque para os de Luanda, Benguela e Malanje.

Recorde-se que a CASA-CE foi fundada em 2012 e é composta por seis partidos, que nas primeiras eleições em que participou, no mesmo ano da sua criação, elegeu oito dos 220 deputados à Assembleia Nacional, face aos seis por centos de votos obtidos (345.589), a mesma percentagem conquistada nas presidenciais, em que Chivukuvuku ficou em terceiro lugar.

Nas últimas eleições gerais, realizadas em Agosto de 2017, a CASA-CE aumentou quase para o dobro a sua votação a nível nacional em termos nominais (639.789 votos - 9,5%), duplicando o número de deputados (16), com Abel Chivukuvuku, a manter a terceira posição.