Uma fonte da direcção da coligação disse ao NJOnline que alguns deputados independentes que dizem não se rever na coligação já estão trabalhar na formação de um novo partido político, por isso, a direcção vai tomar medidas relativamente à situação.

"A Lei é clara, quando um deputado se filia num partido diferente daquele por cuja lista foi eleito, perde imediatamente o seu mandato. E Isso é o que vai acontecer", disse a fonte, frisando que o assunto será encaminhado nos próximos dias ao Tribunal Constitucional.

A fonte lembrou que nas legislatura anteriores alguns deputados da UNITA e do PRS tiveram problemas com as direcções do partido, mas mantiveram-se como militantes e sem intenções de fundar partidos.

"Alguns colegas deputados já trabalham com o ex-presidente Abel Chivukuvuku, na criação de um novo partido. A coligação vai tomar medidas para resolver este problema", acrescentou.

O líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, foi afastado no mês de Fevereiro deste ano da presidência da coligação por alegada quebra de confiança e foi substituído pelo deputado André Mendes de Carvalho "Miau".

A CASA-CE foi fundada em 2012 e é uma coligação de seis partidos políticos - Bloco Democrático (BD), Partido Pacífico Angolano (PPA), Partido Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola - Aliança Patriótica (PADDA-AP), Partido Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e Partido Democrático Popular de Aliança Nacional de Angola (PDP-ANA).

Nas primeiras eleições gerais em que participou, em 2012, a CASA-CE elegeu oito dos 220 deputados à Assembleia Nacional, face aos seis por sento de votos obtidos, a mesma percentagem conquistada nas presidenciais, em que Chivukuvuku ficou em terceiro lugar.

Nas últimas eleições gerais, realizadas em Agosto de 2017, a CASA-CE aumentou quase para o dobro a sua votação a nível nacional em termos nominais (639.789 votos - 9,45%), duplicando o número de deputados (16), com Abel Chivukuvuku, a manter o 3º lugar na corrida presidencial.