João Lourenço deixou esta promessa num encontro que teve lugar hoje, no Centro de Conferências de Belas, com os fazedores de cultura e artistas angolanos, a quem prometeu ainda, caso vença as eleições gerais de 23 de Agosto, a elaboração da Lei de Financiamento da Cultura, "com origem em múltiplas fontes de financiamento" e reforçando o actual quadro legal.

"O nosso partido vai implementar o sistema nacional de programas culturais municipais e a promoção e a realização de feiras de artesanato como fonte de rendimento para as comunidades", garantiu.

Outra das garantias deixadas pelo candidato do MPLA foi o cumprimento das linhas orientadoras para o sector em vigor, nomeadamente o que está previsto em matéria de infra-estruturas culturais, dando o exemplo das bibliotecas, museus, teatros ou cinema, com o respectivo aumento do quadro de funcionários a eles adstritos.

"É preciso formar com urgência cada vez mais técnicos no domínio da cultura, porque só assim se poderá garantir o sucesso que almejamos neste domínio", disse, sublinhando ainda que pretende ver a Cultura com um lugar de destaque na economia do país porque lhe reconhece potencial na criação de rendimento para os criadores e empregos mas essencialmente pelo seu carácter forjador de valores e no fortalecimento da identidade nacional.

João Lourenço apelou ainda a que os ensinamentos do primeiro Presidente angolano, Agostinho Neto, sejam sempre lembrados, "não só como fundamento teórico para as novas gerações, mas, também, no exercício prático nos actuais programas que projectam o progresso e o desenvolvimento de Angola".

As eleições gerais de 23 de Agosto contam com seis forças políticas a disputar os 220 lugares no Parlamento e ainda a eleição do Presidente da República e do Vice-presidente, que são, respectivamente, o primeiro e o segundo nome das listas apresentadas pelo círculo nacional.

Vão estar na disputa pelos votos dos 9,3 milhões de eleitores, conforme o sorteio que ditou a disposição no boletim de voto, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que propõe Isaías Samakuva para Presidente da República, a Aliança Patriótica Nacional (APN), cujo cabeça de lista é Quintino Moreira, o Partido da Renovação Social, cuja aposta para a Presidência é Benedito Daniel, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem João Lourenço para substituir José Eduardo dos Santos na Cidade Alta, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com Lucas Ngonda a liderar a lista; e a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), que apresenta Abel Chivukuvuku para Chefe de Estado.

O círculo nacional elege 130 deputados e os círculos das 18 províncias elegem 90, cinco deputados por cada uma delas, contando a Comissão Nacional Eleitoral com 12 512 Assembleias de Voto reunindo um total de 25 873 Mesas de Voto.