"A UNITA é um partido forte que pode resolver os problemas que os angolanos vivem. A UNITA está em condições para trazer prosperidade a Angola", referiu Isaías Samakuva à margem da cerimónia da tomada de posse da nova direcção do partido que saiu no XIII Congresso Ordinário e que elegeu Adalberto Costa Júnior como novo presidente do partido.

Segundo Samkuva, que já manifestou a sua intenção de regressar ao parlamento, a UNITA está a trabalhar para ganhar as eleições autárquicas e gerais que terão lugar em 2020 e 2022 respectivamente.

"Queremos chegar ao poder, porque os angolanos enfrentam muitos problemas. Precisamos de levar o partido para a vitória nas duas eleições", notou, salientando que o seu partido segue no bom caminho rumo à conquista do poder.

Com estas palavras, Samakuva, que esteve à frente dos destinos do partido do "Galo Negro" entre 2003 e 2019, encaixa o seu discurso naquilo que é o objectivo maior de Adalberto da Costa Júnior, assumido logo após a vitória no Congresso que decorreu há cerca de duas semanas: forçar a alternância do poder em Angola ao fim de mais de quatro décadas de poder do MPLA.

Por outro lado, o novo secretário para os Antigos Combatentes e Desmobilizados, Abílio Kamalata Numa, que aceitou o convite de Costa Júnior para o cargo de secretário dos Combatentes e Desmobilizados de Guera, prometeu que vai trabalhar para melhorar a vida dos ex-militares das FALA e seus dependentes.

"Terminada a guerra civil, os ex-militares ainda não viram os seus problemas resolvidos no quadro da desmobilização e da reinserção social. Por isso, vamos trabalhar para darmos dignidade a essas pessoas", garantiu.

Para Abílio Kamalata Numa, "a reinserção social condigna dos ex-militares, que deram as suas vidas por Angola nos momentos mais difíceis, é a expressão mais alta da reconciliação nacional".

"Os ex-militares constam nas prioridades da nova direcção da UNITA. Por isso, vamos trabalhar com o Executivo para a resolução deste problema", referiu.