Segundo apurou o NJOnline, cada facção continua a ter a sua interpretação sobre a crise, de modo que não se vislumbra um acordo.

"O presidente Lucas Ngonda quer mais um mandato de 14 meses. Depois deste período é que entende resolver a crise interna", lamentou Ndonda Nzinga, membro de uma das alas.

Ndonda Nzinga considera que o acórdão do Tribunal Constitucional que anula o congresso realizado na província do Huambo "não é uma decisão a favor de um membro, mas de todo o partido".

"Essa é uma decisão do órgão supremo do País e que garante a legalidade de todas as instituições. Ninguém pode violar o que o Tribunal Constitucional decidiu", acrescentou Ndonda Nzinga.

O político apelou aos militantes do partido para trabalharem no sentido de reforçar a coesão e unidade internas.

"Todos temos de trabalhar juntos, no sentido de reforçar a nossa coesão e unidade internas", acrescentou Ndonda Nzinga.

"Temos de encontrar uma solução, porque um partido histórico como a FNLA não pode continuar a enfrentar esta crise", apelou.

Recorde-se que a crise interna na FNLA teve início em finais de 1999, quando a facção liderada por Lucas Ngonda realizou um congresso que nunca foi reconhecido pela ala do falecido Holden Roberto.

O acordo previa a realização de um congresso no prazo de 10 meses, prazo que não foi cumprido por Holden Roberto, alegando falta de condições financeiras, o que levou a uma nova divisão interna, que ainda hoje se mantém.