A preparação do MPLA para as eleições autárquicas de 2020 foi um dos temas que dominou os trabalhos da 6.ª sessão ordinária do CC, decorrida pela primeira vez sob a presidência de João Lourenço.

No comunicado final do encontro, divulgado no sábado, 1, o partido no poder assinala que o CC apreciou a resolução sobre a metodologia para a selecção e composição das listas de candidatos e do regulamento para as eleições internas dos candidatos aos órgãos autárquicos, bem como o regulamento para as eleições internas dos dandidatos do MPLA às eleições autárquicas e a metodologia para a selecção e composição das listas de candidatos aos órgãos autárquicos.

"Ao apreciar estes instrumentos partidários, o Comité Central recomendou às estruturas intermédias e às organizações de base do partido, que na sua implementação tenham em atenção os Estatutos do MPLA e regulamentos vigentes, acautelando a organização, a disciplina, a transparência, o rigor, a objectividade e a previsibilidade em todo o processo, de modo a salvaguardar a unidade e a coesão do partido", lê-se no documento.

Para além de se debruçar sobre as autárquicas, o CC do MPLA adianta que analisou "o diagnóstico da situação actual da Saúde em Angola, tendo concluído a necessidade de o Executivo dedicar maior atenção na implementação das medidas de prevenção de factores de risco, de propagação de doenças, de mitigação de ocorrência de surtos e epidemias".

Os "Camaradas" defenderam igualmente que se deve "dar continuidade às medidas em curso de admissão de funcionários para o sector da Saúde e a realização de investimentos públicos".

Ainda no domínio da Saúde, "o Comité Central recomendou ao Executivo a necessidade da criação de um plano operacional para o estabelecimento de parcerias público-privadas e para captar investimentos privados de nacionais e estrangeiros, sobretudo para a produção de medicamentos no país".

As recomendações produzidas pelo CC do MPLA incluem ainda o discurso proferido pelo presidente do partido na abertura da 6.ª sessão ordinária. Na ocasião, João Lourenço apontou baterias contra os "poucos privilegiados que mergulharam no pote do mel com insaciável apetite", e pediu ao MPLA para que fiscalize "as acções do Presidente do partido, da República, e do Executivo", evitando-se as tentações do passado.

Segundo o CC, esse discurso é um "instrumento de capital importância para o trabalho ideológico, pelo que recomenda o seu estudo pelos órgãos, organismos, organizações de base, as organizações sociais e associadas em todos os escalões e por via dos militantes do Partido, a sua mais ampla divulgação na sociedade".