Segundo o comunicado final da reunião enviado às redacções, o plano vai apetrechar a província de Luanda com "mais infraestruturas técnicas e de equipamentos, escolas, unidades hospitalares, parques comunitários e outros", prometendo, no entanto, preservar "o ambiente e o património cultural, bem como o seu carácter urbano e identidade".

A nota final da reunião orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, refere ainda que o PDGML é um "instrumento de planeamento que integra o mapa e ordenamento do crescimento e das transformações a realizar na província de Luanda, de modo a assegurar que futuros investimentos públicos e privados estejam em consonância com um objectivo comum".

O projecto, desenvolvido pela empresa Urbinvest, de Isabel dos Santos, prevê a necessidade de construção de 1,4 milhões de casas, na província de Luanda.

Antecipa ainda a "reabilitação dos espaços verdes a fim de reduzir os riscos de inundação e epidemias, a delimitação e valorização os espaços agrícolas, a optimização do uso de solo urbano", tal como a criação de uma rede integrada de transportes públicos e de um sistema de estradas "funcional e eficiente".

"Luanda 2030 - Cidade inovadora", assim se chama o projecto da Urbinvest, prevê também o realojamento e recuperação de várias zonas da capital, designadamente nas classificadas de "prioridade muito alta", por riscos de vida eminente ou indução, entre outros problemas.

O plano de intervenção prevê obras em 446 quilómetros de estradas primárias e 676 quilómetros de vias secundárias.

O PDGML antecipa também a construção de um sistema de comboio suburbano com 210 quilómetros de linha férrea e 142 quilómetros de corredor para trânsito exclusivo de transportes públicos.