A Igreja Católica está sempre presente nos factos marcantes e históricos do País. Recordámos aqui o movimento Pro Pace da Comissão Inter-Eclesial e outros eventos ocorridos no País. O que se pretende com este congresso? Qual será a essência?
A Reconciliação é uma questão presente, dinâmica, que nos deve estimular, porque nós temos tendência de viver do nosso passado triste, do nosso passado violento, de ódio e de intolerância. É preciso que a reconciliação não seja só um slogan político. Precisamos de exorcizar as nossas consciências, a nossa memória histórica, toda a Nação, porque somos todos nós que devemos nos purificar de determinadas tendências culturais que levaram à escravidão, caprichos, desvios, à falta de ética, à falta do sentido de honra ao despudor e a tudo aquilo que, de facto, está a ofuscar e a manchar a verdadeira imagem do nosso País.
O processo de reconciliação é inacabado, não tem ponto final, é algo que deve nos estimular sempre e a protagonizar todos aqueles aspectos que vão fazer que vençamos, de uma vez por todas, os preconceitos e aquelas tendências que fazem que não valorizemos a presença do outro, a opinião do outro, não valorizemos esta comunhão fraterna que deve fazer que, embora diversos, concorramos para a mesma unidade e para a mesma sociedade. Por isso, nós, como a Igreja, temos procurado estimular esta consciência para que verdadeiramente todos nos envolvamos neste nosso processo de transformação, de inovação, de renovação e de conversão autêntica e ali entra, exactamente, o papel e o jogo político que para nós é um sector muito importante que deve fazer que os nossos discursos sejam mais limpos, motivadores, alegres, que nos façam sonhar, que façam, de facto, suscitar todo aquele espírito de comunhão e de fraternidade, de paz e de solidariedade que o nosso País, de facto, precisa.
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