Angola soma assim um total de 705 casos, com 29 óbitos, 221 recuperados e 455 activos.

Os novos casos são todos da província de Luanda (Ingombota, Maianga, Talatona, Cazenga, Cacuaco e Viana), sendo 14 do sexo masculino e quatro do sexo feminino, adiantou Franco Mufinda, no balanço epidemiológico diário.

Franco Mufinda lembrou igualmente que os dados estatíticos revelam que uma em cada 25 pessoas em Luanda teve exposição ao SARS-CoV-2 para apelar à população que use a máscara, lave as mãos, mantenha o distanciamento fisico e respeite as cercas sanitárias.

A radiografia feita pelas autoridades sanitárias até ao momento revela que 11 por cento das pessoas que padecem de covid-19 são sintomáticas enquanto 89% são assintomáticas.

Até à data foram processadas 53.9893 amostras, das quais 705 positivas, 47.049 negativas e o resto em processamento.

Em termos de testes rápidos foram realizados nas últimas 24 horas 380 dos quais 31 reactivos, enquanto o acumulado aponta 22.367 testes realizados em todo o País, dos quais 1036 foram reactivos.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.