O número de angolanos a residir legalmente em Portugal atingiu, em 2024, a cifra recorde de pelo menos 92.348 pessoas (6,9% do total de estrangeiros). Desses, 43.853 são do sexo masculino e 48.495, do feminino. Com esses números, Angola consolida-se entre as três maiores comunidades de estrangeiros nas terras lusas, perdendo apenas para o Brasil, que se mantém como a principal, com 484.596 cidadãos, e para a Índia (98.616).

Os dados constam do último Relatório de Migrações e Asilo de 2024 da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e reflectem o crescimento da "fuga" de angolanos para Portugal nos últimos anos, impulsionada pela procura de melhores condições de vida, acesso à saúde e educação, assim como oportunidades de emprego. O número de angolanos em Portugal pode ser mais elevado, tendo em conta que, para o relatório, não foram contados os cidadãos com dupla nacionalidade, sendo contabilizados somente os que têm título de residência válido, processo de regularização em curso ou autorizações emitidas por regimes específicos.

De acordo com o relatório, em 2024 Angola foi o segundo país a quem Portugal mais concedeu títulos de residência, com um total de 33.826. O Brasil liderou a tabela com 38.713, num top 3 encabeçado por Cabo Verde, com 15.012 títulos. Apesar do aumento considerável de novos títulos de residência, Angola deixou de ser a segunda maior comunidade estrangeira, passando para o terceiro lugar. Em 2023, eram 55.589 angolanos residentes na "Tuga", o que representa um crescimento de 66,1%, face aos 92.348 registados até ao final de 2024.

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