Angola é um dos piores países para ser criança, de acordo com o Relatório Global da Infância de 2019, intitulado Mudando Vidas em Nossa Vida, da organização internacional não-governamental «Save The Children».

O documento enquadra Angola entre os 15 países onde a infância está mais ameaçada. No estudo divulgado no ano passado, do qual participam 176 estados, são analisados indicadores como a mortalidade infantil até aos cinco anos, a má nutrição, o trabalho infantil e o acesso à educação e aos cuidados de saúde.

Em 2017, a organização também colocou Angola como o segundo pior país para ser criança.

O «fardo» de ser criança em Angola começa logo à nascença. De acordo com o Fundo das Nações para a Infância (UNICEF), em Angola, a cada mil crianças nascidas, pelo menos 77 morrem antes de completar cinco anos. Este número coloca-a na cauda dos países com as taxas mais elevadas de mortalidade infantil. Grande parte dessas mortes, segundo o UNICEF, ocorre devido a complicações durante o parto, pneumonia, diarreia, malária e desnutrição.

Em Angola, setenta por cento das mortes por malária- doença considerada a principal causa de mortalidade no país - são de crianças até aos 14 anos. O país tem, igualmente, níveis muito altos de desnutrição crónica em crianças - A desnutrição está ligada a 45 por cento das mortes infantis. Dados do Ministério da Saúde (MINSA), a que o Novo Jornal teve acesso, mostram que, nos últimos três anos, a fome matou mais de 7.880 crianças menores de cinco anos.

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