Os aviões em causa, jactos K-8 Karakorum, são um modelo ligeiro de caça fabricados na China e que o gigante asiático já tem estado a vender para países como a Namíbia, a Zâmbia, Sudão, Gana e, entre outros, o Zimbabué.

Tratando-se de um caça ligeiro e de baixo custo, com versão para treino e para ataque, o site DefenceWeb, com sede na África do Sul, avança que é para o continente africano que a China tem, quase em exclusivo, exportado este aparelho, cujo custo, segundo algumas fontes citadas pelos media especializados, varia entre os 8 e os 10 milhões de dólares.

O K-8 Karakorum, que é também conhecido por Karakorum-8, na designação para a versão de exportação, conhecida internamente na China por JL-8, é fruto de uma colaboração que remonta à década de 1990, entre a China Nanchang Aircraft Manufacturing Corporation, a Aviation Industry Corporation of China (AVIC) e o Complexo Aeronáutico Paquistanês.

A informação sobre a provável aquisição deste tipo de aparelho para a Força Aérea Nacional de Angola (FAN) resulta de uma fotografia (a que ilustra esta notícia) encontrada pelo DefenceWeb, onde o presidente da AVIC, Luo Ronghuai, surge, durante uma visita à fábrica de Hongdu, com um K-8 em fundo pintado com as cores de Angola e com o símbolo da FAN na cauda.

A partir deste indício, o site sul-africano desenvolveu o assunto concluindo que ou se trata de um aparelho que pode ainda estar em fase de produção ou já preparado para ser despachado para Angola, visto que estava parcialmente sob uma cobertura, sendo apenas bem visível o símbolo da FAN na cauda.

Apesar de Angola ter como fornecedor principal de material aeronáutico a Rússia, a China tem vindo a ganhar algum espaço na exportação de material de guerra para as FAA, nomeadamente veículos como o WM301 antitanque ou o Norinco WZ551, de transporte tropas.