Está ainda desaparecida uma outra pessoa, devido às dificuldades que a equipa de busca no terreno está a encontrar por causa da forte chuva que cai na região, segundo o administrador municipal de Chipindo, Hélder Lourenço, em declarações à Angop.

Hélder Lourenço referiu que o município de Chipindo possui ouro e é habitual os jovens procederem ao garimpo, tendo as autoridades dificuldades para controlar a extensa região devido à falta de meios para o efeito.

"Estamos a escavar e a inspeccionar o território todo, numa extensão de mais de um quilómetro quadrado, num terreno muito escorregadio. A actividade de resgate integra equipas de bombeiros, polícia e forças armadas angolanas", disse ainda o administrador municipal de Chipindo.

Ao NJOnline, o porta-voz do Comando da Protecção Civil e Bombeiros, Manuel Alaiua, disse, esta manhã, ter informações que dão conta de que o incidente aconteceu no dia 19 deste mês, a 20 quilómetros da vila de Chipindo.

Este foi o terceiro acidente com vítimas mortais no último mês e as detenções de garimpeiros ilegais na zona de Capembe têm-se repetido, por vezes de forma diária, havendo mesmo registo de cidadãos chineses detidos em flagrante, mas também de países vizinhos, como a RDC.

Esta zona da província da Huíla está a ser estudada há anos pelas autoridades angolanas para o relançamento da indústria mineira do ouro que, durante a época colonial produzia quantidades significativas do minério, que ali era extraído ao mesmo tempo que era extraído ferro.

A região de Chipindo e Tchikuele, na Huíla, estão, recorde-se, no mapa de prioridades da Operação Transparência, que, apesar de incidir especialmente nas áreas diamantíferas, também ali foi activada, tendo em conta que esta é uma área geográfica onde existem grandes depósitos de ouro praticamente à superfície, atraindo pessoas de várias províncias de Angola pela facilidade de extracção que apresenta.