Em conferência de imprensa, a titular da pasta da Saúde adiantou que este quarto caso de infecção pelo novo coronavírus Covid-19 foi confirmado esta tarde e trata-se de uma passageira que chegou num vôo de Lisboa no dia 19 deste mês.

Os três primeiros casos em Angola foram anunciados nos dias 21 (os primeiros dois) e no dia 23 (o terceiro). Em todos os casos anteriores os pacientes são cidadãos angolanos, com 36 e 38, e 23 anos, todos eles provenientes de Portugal, país que conta já com mais de 2 mil casos de infecção confirmados e 23 mortos, sendo que só nas últimas 24 horas registaram-se nove mortos e mais 460 casos.

De acordo com um balanço feito pela Agência France Presse (AFP) a partir de dados oficiais divulgados esta quinta-feira às 11:00, 22 mil pessoas morreram em todo o mundo infectadas por covid-19.

O novo coronavírus matou 21.867 pessoas e foram consideradas curadas pelo menos 106.200 em todo o mundo desde Dezembro. Estão contabilizados 481.230 casos de infecção em mais de 182 países e territórios desde o início da epidemia.

A Europa totalizou até às 11:00, 14.640 mortes para 258.068 casos, a Ásia 3.636 mortes (100.937 casos), Médio Oriente 2.281 mortes (35.324 casos), Estados Unidos e Canadá 1.082 mortes (72.606 casos), América Latina e Caraíbas 141 mortes (8.439 casos), África 73 mortes (2.748 casos) e Oceânia 14 mortes (3.111 casos), de acordo com o balanço da APF.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos, mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou um guia essencial sobre o coronavírus/Covid-19 que pode ver aqui.