"Superámos agora um milhão de casos acumulados da covid-19 na África do Sul. Temos de aderir a intervenções não farmacêuticas para prevenir uma maior propagação do vírus", escreveu o governante numa altura em que o país enfrenta uma nova variante do vírus da covid-19, que foi detectada na província sul africana do Cabo Oriental.

O vírus desenvolve formas mais graves da covid-19 e terá começado a predominar nas amostras dos dois últimos meses.

Zweli Mkhize informou, no dia 18 de Dezembro, que a variante '501.V2' do vírus SARS-COV-2 foi identificada por investigadores sul-africanos e comunicada à Organização Mundial da Saúde (OMS)".

O governante informou que a equipa de investigação científica sul-africana, liderada pelo Professor Tulio de Oliveira, do Centro de Inovação e Pesquisa da Universidade do KwaZulu-Natal (KRISP, na sigla em inglês), sequenciou centenas de amostras de todo o país desde o início da pandemia em Março.

"Os investigadores notaram que uma determinada variante dominou os resultados dos últimos dois meses", explicou Mkhize, revelando que os cientistas indicaram também uma mudança no panorama epidemiológico, "principalmente com pacientes mais jovens, que desenvolvem formas graves da doença".

"Tudo indica que a segunda vaga que estamos a atravessar é transportada por esta nova variante", acrescentou o ministro.

De acordo com Zweli Mkhize, os investigadores avisaram também o Reino Unido para a identificação da nova variante sul-africana, o que permitiu "estudar as suas próprias amostras e encontrar uma variante semelhante".

"Foi a variante que estava a impulsionar o seu ressurgimento em Londres, levando a um anúncio feito no Parlamento e ao bloqueio instituído em Londres para conter a disseminação dessa variante", revelou.

Zweli Mkhize disse que não esperava uma segunda vaga da pandemia tão rapidamente no país.