Realizados os testes à Covid-19 a cerca de 160 pessoas que obtiveram resultados negativos, a directora nacional da saúde pública, Helga Freitas, em representação do Ministério da Saúde, procedeu hoje à entrega dos títulos de alta aos moradores, que celebraram efusivamente na hora do levantamento do cordão sanitário.

"O Cassenda é uma zona segura. Não há risco de contaminação por parte das pessoas que estiveram em quarentena domiciliar esse tempo, por isso é que fizemos a abertura do cordão sanitário", disse aos jornalistas a directora nacional da saúde pública, visivelmente satisfeita.

Segundo Helga Freitas, apesar de os resultados testarem negativos, os mesmos terão que cumprir ainda assim com as medidas de prevenção, recomendada pelas autoridades sanitárias, a que todos estamos sujeitos.

"A todos os moradores do bairro Cassenda que estiveram em quarentena domiciliar, após 19 dias de confinamento, sob vigilância diária da equipa de resposta rápida e realizados os testes do Covid-19, todos negativos, declaro aberto o cordão sanitário", disse Helga Freitas, que representou o Ministério da Saúde.

Ao Novo jornal vários moradores mostraram-se satisfeito com o levantamento do cerco sanitário, mas lamentaram a irresponsabilidade do vizinho, "o caso 26" que "colocou a vida de muitas famílias em risco".

"Não sabemos porquê ele fez isso, quase morremos de tristeza por causa da falta de responsabilidade dele, só porque não quis cumprir com a quarentena domiciliar. Mas felizmente todo correu bem", declararam os moradores, que não esconderam a satisfação de voltarem "à liberdade".

De recordar que a cerca sanitária, em parte do bairro Cassenda, foi imposta a 02 de Maio para conter a propagação da contaminação local da Covid-19, impedindo a entrada e saída de pessoas.

Tudo começou com a entrada no País de um cidadão angolano, que veio de Portugal no dia 18 de Março, que não cumpriu com a quarentena domiciliar e infectou 17 pessoas, sendo a maior parte membros da sua família, nove dos quais no edifício onde vivia com uma das esposas, no bairro do Cassenda.

Diferente do Cassenda, estão os bairros do Futungo e Hoji-ya-Henda que, continuam em cerca sanitária devido aos casos positivos dos chamados "casos 26 e 31".