Angola registou nas últimas 24 horas mais seis casos positivos da Covid-19, e, entre estes estão três detectados no Kwanza Norte, os primeiros fora da província de Luanda, sujeita a uma cerca sanitária há várias semanas.

Os restantes três foram testados positivos no bairro Hoji Ya Henda, em Luanda, informou hoje o secretário de Estado da Saúde Pública.

Os três primeiros casos encontrados em Angola fora de Luanda são, segundo Franco Mufinda, resultado de três transgressões à cerca sanitária da província de Luanda.

O Governante sublinhou que, perante esta situação nova, a comissão interministerial decidiu enviar uma equipa multidisciplinar para o Kwanza Norte de forma a gerir esta situação permitindo conter o avanço da pandemia no País.

Dois destes casos no Kwanza Norte são cidadãos originários da África Ocidental e um é angolano.

Os três casos de Luanda são duas mulheres, uma de 21 anos e outra de 17, e um homem de 21 anos.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.