O contágio por Covid-19 de médicos cubanos que trabalham no Hospital Josina Machel está a colocar em «rota de colisão» a direcção do referido hospital, popularmente conhecido por «Maria Pia», e a Agência de Cooperação Cubana ANTEX.

Segundo apurou o Novo Jornal, sete médicos que trabalham naquela unidade hospitalar testaram positivo ao novo coronavírus, levando a ANTEX a acusar a direcção do Maria Pia de "não proteger os médicos cubanos", insinuando que os mesmos tenham sido infectados durante as actividades laborais naquela que é a maior unidade hospitalar pública do País. O hospital tem 36 compatriotas de Fidel Castro. Todos estão em quarentena institucional, à espera de resultados.

Em contrapartida, a direcção do hospital demarca-se de qualquer responsabilidade e nega as acusações de que os cubanos teriam sido infectados naquela unidade sanitária, tendo em conta que grande parte deles colabora nas clínicas privadas.

"Se [os médicos cubanos] tivessem sido infectados aqui [no Hospital Josina Machel], teríamos, certamente, também médicos angolanos infectados, porque não são mais resistentes que os cubanos", rebate uma fonte do Novo Jornal, ligada à unidade pública.

A fonte explica que as acusações da Agência de Cooperação Cubana não fazem sentido, uma vez que no Josina Machel não há casos de médicos angolanos que tenham testado positivo à Covid-19. "Não faz sentido. O grau de exposição dos angolanos é o mesmo que os dos cubanos. Se apareceram cubanos positivos, terão sido infectados em todo o sítio, menos no hospital", contesta o interlocutor.

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