Em cúmulo jurídico o Tribunal Provincial de Luanda (TPL) condenou, na sexta-feira, 29, a jornalista a 35 dias de prisão, com pena suspensa, pelos crimes de difamação e injúria, e o pagamento de indemnização de 300 mil Kwanzas ao queixoso bem como a taxa de justiça de 50 mil kz.

Foram igualmente condenados o Jornal de Angola, com a indemnização de 8 milhões kz, o engenheiro que denunciou os factos à comissão eleitoral, e o editor que editou o texto de Kátia Ramos. Kumuenho da Rosa, ex-director Executivo do Jornal de Angola, sem ser julgado, foi condenado a pagar a indemnização de 20 milhões de Kwanzas ao queixoso.

O caso remonta a 2017, quando Barnabé Raimundo era candidato à eleição para a presidência da Ordem dos Engenheiros de Angola.

O ex-director do Jornal de Angola, José Ribeiro, reagiu a esta decisão na rede social Facebook.

"Sobre esta condenação injusta de uma jornalista e do maior jornal angolano, que volta a manchar a imprensa angolana e o nome de Angola, nenhuma notícia foi publicada. Na imprensa angolana deste Sábado, destacam-se os prémios de jornalismo divulgados num espectáculo em Luanda com pompa e circunstância", refere o jornalista na conta do FB.

José Ribeiro, que fez menção ao acórdão do TPL, afirmou que a jornalista Kátia Ramos foi condenada injustamente.

"A jornalista Kátia Ramos, do Jornal de Angola, foi injustamente condenada, com pena de prisão, por um juiz do Tribunal Provincial do Luanda, por difamação e injúria. Os factos reportados eram públicos e foram divulgados por toda a comunicação social. Em primeira mão, foram divulgados pela própria OEA, durante o processo eleitoral", disse José Ribeiro.