De acordo com o porta-voz do SIC-Luanda, superintendente Fernando de Carvalho, os crimes têm vários pontos semelhantes, e ocorreram em diversos pontos do município do Kilamba Kiaxi (bairros do Palanca II, Golfe - subzona 15, no 28 de Agosto e no dos Rastas, com três detidos e um foragido.

"O primeiro caso ocorreu no dia 4, por volta das 19:00, no Golfe, subzona 15, em que foi vítima o cidadão Victor Lemos Francisco, de 19 anos. O jovem foi surpreendido por um grupo de meliantes na via pública, exigindo-lhe valores monetários, ele (a vítima) resistiu e foi assassinado", disse.

O responsável pela comunicação do SIC-Luanda disse ainda que o segundo e terceiro casos foram quase em simultâneo, tendo o segundo caso sido praticado por um cidadão de 20 anos.

"O episódio ocorreu na madrugada do dia 16, no bairro dos Rastas, em que foi vitima José Estilson Lira Luteinove, de 27 anos, agente da Polícia Nacional, colocado no Comando da Polícia da centralidade do Kilamba", explicou.

"A vítima tentou apaziguar uma luta entre vizinhos, o acusado, insatisfeito com o comportamento da vítima, desferiu-lhe vários golpes no peito, tendo sido socorrido para o hospital, onde acabou por falecer horas depois", contou.

Fernando de Carvalho esclareceu que o terceiro homicídio aconteceu no bairro 28 de Agosto, e a vítima foi o jovem Arnaldo José Afonso, de 19 anos.

O crime terá acontecido "quando, na manhã do dia 18, a vítima se encontrou com o alegado homicida, de 18 anos, na via pública, e tentou cobrar uma divida no valor de 3. 000 Kwanzas".

" (O acusado) partiu para a agressão, empunhando de imediato uma faca e desferindo-lhe vários golpes na região do abdómem e pescoço, e provocando a morte imediata da vítima", descreveu.

A mulher acusada de matar o marido "foi detida, confessou a autoria do crime, e está agora em prisão preventiva decretada pelo magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Kilamba Kiaxi".

Questionado pelo NJOnline se os crimes, sobretudo os homicídios com recurso a arma branca, estão a ganhar terreno pelo facto de a Polícia Nacional e o SIC intensificarem a campanha do desarmamento da população, Fernando de Carvalho respondeu que as autoridades "estão a fazer um trabalho aturado e não estão a dar a possibilidade aos meliantes de possuírem armas de fogo".