Através de um comunicado, o MED reconhece que os testes de admissão de novos professores na província de Luanda sofreram alguns contrangimentos, garantindo, no entanto, que isso não afectou a validade do processo.

A instituição tutelada por Cândida Teixeira explica que a realização das provas foi supervisionada por uma comissão de acompanhamento, cujo trabalho de fiscalização culminou numa reunião de balanço, ocorrida ontem, 11.

Segundo o MED, o encontro permitiu constatar algumas "insuficiêcias", nomeadamente o "adiamento da hora do início da prova das 9 horas para 10,11,12 horas e 14 horas para um grupo de sete candidatos na escola Njinga Mbande".

O Ministério explica que o incumprimento de horários se deveu a algumas especificidades do processo, assente num sistema informático.

De acordo com a instituição, essa opção foi adoptada devido ao elevado número de candidatos - mais de 20 mil para 2.650 vagas disponíveis na província -, aliado à necessidade de salvaguardar a transparência e justiça, bem como a eficácia do processos de classificação das provas.

O resultado foi a elaboração de cadernos de provas personalizados para cada candidato, com códigos de segurança e identificação pessoal, que, contudo não evitaram alguns contratempos.

Por exemplo, constatou-se que houve provas da mesma disciplina com denominação diferente, bem como a não emissão das provas de candidatos indicados e ainda a presença de candidatos não apurados e cujas reclamações não procederam.

"A população de candidatos abrangidas por estas ocorrências é de 400, aproximadamente", especifica o MED, sublinhando que na base dos problemas estiveram sobretudo questões "de logística e gestão de processos requeridos para o elevado número de candidatos e da própria tecnologia".

Lamentando os transtornos causados aos concorrentes, o Ministério reforça que os casos observados "não comprometeram os princípios que norteiam o concurso público".

Por isso determina que "não existem bastantes razões objectivas para que o processo não seja validado".