Em Março último, uma equipa multidisciplinar, que veste as cores e defende os ideais da ONG Fundação Kissama, pôs-se à estrada, percorrendo, de Luanda ao Kwanza-Norte, cerca de 100 quilómetros. O destino era a zona da Maria Teresa e a missão identificar e estudar a povoação de elefantes de floresta e fazer cumprir mais um projecto de conservação de espécies em via de extinção. Resultado: dois enormes elefantes, apelidados, por circunstância, Zenza e Itombe, foram avistados, sedados e registados com a colocação de coleiras pelo grupo composto por biólogos, engenheiro do ambiente, veterinários e fiscais (um deles pisteiro), informa Vladimir Russo, para quem existem no país "redes organizadas" que dão corpo ao mercado da caça furtiva.

Já com longa "estrada" percorrida na defesa do meio ambiente no país, e, por isso, voz autorizada para abordar os meandros do quadro da biodiversidade em Angola, o director-executivo da Fundação Kissama afirma que o programa de estudo dos elefantes de floresta, lançado em 2019 pela sua ONG, responde à preocupação que há muito persegue a Fundação: a conservação e preservação de espécies em via de extinção.

"Olhamos para aquelas chamadas espécies emblemáticas, que estão em extinção. Temos um conjunto de várias espécies e começámos, claro, pela principal, que é a Palanca Negra Gigante. Em 2019, decidimo-nos a iniciar um projecto de investigação, virado para os elefantes de floresta. Começou por se fazer um conjunto de trabalhos de campo, primeiro para saber em que região de Angola é que eles existiam", lembra o ambientalista.

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)