A representante interina do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) Cristina Brugiolo, chamou a atenção para as "desigualdades graves no acesso à saúde e à protecção social" que persistem no País, durante a conferência alusiva aos 35 anos de ratificação da Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) pelo Estado angolano.

"Dois terços das crianças menores de cinco anos não têm certidão. Sem identidade, ficam invisíveis para o Estado e vulneráveis a várias formas de exclusão", apontou Cristina Brugiolo, salvaguardando que Angola "tem mostrado vontade política crescente para reforçar os mecanismos de protecção infantil".

A representante interina do Fundo das Nações Unidas para a Infância diz que "há progressos claros, pois a mortalidade infantil diminuiu, mais crianças frequentam a escola, há mais serviços e quadros legais de protecção".

Segundo a responsável, que chamou a atenção para a necessidade de reformas profundas para melhoria da qualidade do ensino e na formação de professores, é necessário um maior investimento para alcançar as crianças mais vulneráveis.