O CPM aumenta ainda a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez de 19,5% para 20,5%, e também o coeficiente de reservas obrigatórias em moeda estrangeira para 21%, contra os anteriores 20%. A taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez mantém-se nos 18,5%.

O governador do banco central defendeu que esta decisão se apoia na trajectória crescente da taxa de inflação. O banco central antecipa uma taxa de inflação de 23,4% para 2024, bem acima dos 15,3% previstos pelo Governo.

A Bloomberg escreveu hoje, logo pela manhã, citando Gerrit van Rooyen, economista da Oxford Economics Africa, que as previsões indicam que persistem pressões adicionais sobre os preços à medida que o Governo de Angola continuar a remover gradualmente os subsídios aos combustíveis, subvenções que custam a Angola entre 3 mil milhões e 4 mil milhões de dólares por ano, segundo a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa.

"Esperamos agora que a inflação atinja um pico de 31% em termos anuais em Junho e modere até 23% em termos anuais no final do ano", disse Van Rooyen numa nota de investigação, citada pela agência.

De lembrar que, em Março, o CPM decidiu-se por aumentos da taxa directora de 18% para 19%, da taxa de Juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez de 18,5% para 19,5%, e da taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez de 17,5% para 18,5, mantendo o coeficiente das reservas obrigatórias, em moeda nacional, em 20%.