O jornal português Expresso refere, em notícia escrita pela sua correspondente em Bruxelas, Susana Frexes, que Portugal, segundo diversas fontes contactadas na capital belga, tentou incluir Angola nesta lista mas acabou por não conseguir.

Ainda segundo a mesma notícia, o insucesso da diplomacia portuguesa deveu-se aos critérios utilizados por Bruxelas para integrar países nesta restrita lista e que passam pela média de infecções por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias ou uma média inferior à da União Europeia referente à data de 15 de Junho.

A par de Angola ficam de fora países como os EUA, o Brasil ou a Índia, tendo a China entrado nesta lista à última da hora mas sob a condição de conceder o mesmo direito aos cidadãos da União Europeia.

Da lista não faz parte nenhum país de língua oficial portuguesa e entre os africanos estão apenas a Argélia, Marrocos, Tunísia e o Ruanda. Os restantes integrantes da lista são: Austrália, Geórgia, Canadá, Japão, Montenegro, Nova Zelândia, Tailândia, Coreia do Sul, Sérvia e Uruguai. A China poderá entrar mediante condições de reciprocidade.

O Expresso avança ainda que a aprovação final está dependente de uma maioria qualificada visto que todo o processo não foi pacífico e resta ainda a decisão soberana dos Estados-membros de aceitar ou não sendo que o semanário adverte igualmente que a lista está associada a uma recomendação sobre as fronteiras externas e nenhuma das duas é vinculativa.

Apesar das restrições, a União Europeia mantém as portas abertas para situações específicas, como sejam as deslocações de profissionais de saúde, investigadores no domínio da saúde e profissionais de cuidados prestados a idosos, trabalhadores sazonais no sector da agricultura, entre outros.