Apesar de ainda não ter sido formalmente comunicada a visita do Chefe de Estado francês pelos serviços da Presidência angolana, a informação já corria nas agendas dos jornalistas e agora foi confirmada pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, que anunciou a presença de Emmanuel Macron numa sessão solene no Parlamento no próximo dia 2 de Março.

O início deste ano tem sido marcado por visitas como a dos reis de Espanha e a do enviado especial do Presidente norte-americano, Amos Hochstein, em Fevereiro, ou a dos ministros dos Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, e da Rússia, Serguei Lavrov, em Janeiro.

Angola, segundo o Presidente francês, "faz parte dos países prioritários em África", com os quais a França quer desenvolver as suas relações bilaterais.

A França, através da petrolífera Total, é um dos grandes investidores estrangeiros em Angola e, no sector petrolífero, onde se concentra o seu principal negócio, é uma das multinacionais que mais está a investir no País, sendo ainda de referir o grupo Castel, no sector cervejeiro, onde é detentor, por exemplo, da Cuca.

Recorde-se que João Lourenço esteve em visita oficial à França em Maio de 2018, que foi a sua primeira visita oficial enquanto Chefe de Estado a um país europeu.

Logo no primeiro dia da sua visita, em Paris, Emmanuel Macron manifestou a Lourenço "todo o apoio às reformas".

"Dou todo o meu apoio às reformas iniciadas pelo Presidente Lourenço. A luta contra a corrupção, a facilitação de vistos para os empresários, homens de negócios ou assalariados e a reforma do quadro do capital da economia que permite limitar os constrangimentos e abrir a economia angolana a parceiros, investidores e actores económicos estrangeiros, a meu ver vão na boa direcção", afirmou Emmanuel Macron, citado pela Lusa.

Emmanuel Macron declarou-se "muito sensível" por João Lourenço "ter escolhido França para primeiro destino na Europa desde a sua eleição", manifestou-se "muito empenhado no reforço das relações entre França e Angola" e disse que se trata de uma "etapa suplementar para reforçar a cooperação em todos os domínios", incluindo o militar e de segurança marítima.