"Está muito difícil conseguir comprar um bilhete, num prazo razoável, nas lojas da TAAG e através do call center. Em contrapartida, há quase sempre disponibilidade nas agências privadas e com tarifas atentatórias à equidade social", alertou Raul Tati, que lembrou que uma das promessas eleitorais do Presidente João Lourenço, em 2017, foi a de baixar as tarifas dos bilhetes nesta rota por causa da situação da descontinuidade geográfica.
"E o Presidente cumpriu a sua promessa. O seu predecessor deixou esse trabalho já feito e as tarifas baixaram para 14 mil Kwanzas e para 15 mil Kwanzas na classe económica", disse, lamentando que, hoje, os bilhetes disponíveis nas agências ou mesmo na rua, já atingem 100 mil Kwanzas para ida e volta na classe económica e cerca de 300 mil kwanzas na classe executiva (Ida e volta).
Na sua opinião, a TAAG está a sabotar uma medida política tomada pelo Titular do Poder Executivo.
De acordo o primeiro-ministro "Sombra", o grave problema é o incumprimento sistemático da programação.
"Compramos bilhetes para uma determinada data e hora de partida. Trata-se de um contrato entre o cliente e a empresa. A TAAG viola constantemente esse contrato sem o mínimo respeito e sensibilidade pela situação deplorável a que os passageiros são submetidos com a alteração dos horários programados inicialmente e com os cancelamentos que ultimamente estão na moda", criticou.
"Quando um passageiro falha o vôo, por sua conta, tem de pagar uma multa e a remarcação para poder embarcar com o mesmo bilhete numa outra oportunidade. Mas a TAAG nunca veio ressarcir os passageiros pelos imensos transtornos e danos que tem causado", acrescentou, frisando que o povo de Cabinda pede ao Executivo angolano que retire na rota Cabinda Luanda e vice-versa, aviões de pequeno porte e os substitua por aviões de grande porte e que se aumente o número de voos diários devido à demanda.
Refira-se que a TAAG tem uma nova gestão com vários desafios à vista. António dos Santos Domingos é a partir desta terça-feira o novo presidente do conselho de administração da companhia de bandeira TAAG e Nelson de Oliveira, quadro sénior da empresa, regressa como presidente executivo.