Segundo a acusação, o militar da PM foi morto depois de ser confundido pelos agentes com um marginal que terá, supostamente, assaltado à mão armada um estabelecimento comercial em Viana, na zona da "Bricomate".

Conforme a acusação, o soldado foi morto na via pública sem ao menos ter a possibilidade de se identificar como militar das FAA.

A acusação conta ainda que os efectivos da PN, tão logo se depararam com o soldado, empunharam as armas de fogo do tipo pistola que estavam na sua posse e efectuaram disparos contra o militar, que teve morte imediata.

Afonso Paulo, magistrado do Ministério Público junto à Procuradoria Militar da Regional de Luanda, pediu ao tribunal a condenação dos arguidos, assim como a sua expulsão da Polícia Nacional, caso fique provada a autoria do crime.

Segundo a acusação, após verificarem que mataram um militar, os acusados colocaram na mão do morto uma pistola, para aparentar que ele tinha reagido à abordagem policial.

Durante a fase de instrução do processo-crime, conta a acusação, os arguidos tentaram convencer os instrutores que agiram em legítima defesa.

Dos exames periciais de balística forense feitos ao cadáver, prossegue acusação, concluiu-se que a vítima não efectou nenhum disparo e que a arma lhe foi colocada na mão, o que reforça a acusação da Procuradoria Militar da República.

O julgamento destes efectivos prossegue na próxima semana no Tribunal Militar Regional de Luanda.